terça-feira, 19 de julho de 2016

Gesso no teto: como escolher?

Nosso apartamento não é muito antigo, mas também não tão novo - completou 10 anos em 2016. Construções mais ou menos dessa idade já apresentam pé-direito mais baixo do que as construções mais antigas (o apartamento onde estamos no momento tem pé-direito que supera os 2,70 m!). Por conta disso, não dá para ter ideias mirabolantes na hora de decidir sobre a utilização de gesso no teto.

Acontece que eu sonhava há tempos em ter paredes com spots direcionáveis e até cogitamos fazer um rebaixamento. No entanto, qualquer rebaixo num pé-direito de 2,58 m iria deixar a casa meio achatada. Foi quando verificamos que seria possível fazer sancas dedicadas a esse plano!

Trabalhos iniciados
As sancas foram feitas com 10 cm de altura e 30 cm de largura - ideal para acoplar spots com lâmpadas GU10 (que têm um bocal pequeno, se comparado ao PAR20, que é aquele de rosquear). Aliado a isso, introduzimos um elemento decorativo: roda-teto e moldura de gesso!

Sanca com roda-teto e moldura na suíte
A ideia do roda-teto e da moldura de gesso é deixar a sanca menos solta e mais harmoniosa dentro do conjunto teto-paredes. Utilizamos réguas retas e que têm dois degrauzinhos.

Detalhe do conjunto na parede 3D da sala
Na hora que o povo estava montando as estruturas, fiquei bastante assustada, pois víamos as emendas e pedaços ainda sem ajuste, mas depois de devidamente lixadas e pintadas, o resultado é realmente agradável.

Para a iluminação, pesquisamos muito, como já contei aqui, até chegarmos à boa e velha rua Pedro I, no Centro de Fortaleza, onde há diversas lojas de iluminação (andei tanto lá que os vendedores já lembram da minha cara!). Compramos luminárias e lâmpadas da Llum, de 4000 K (luz natural, nem branca nem amarela) e 3 W.



Hoje, o seu Edmar, mestre de obras, terminou de instalar todas e fiquei encantada com o resultado!

Sala de estar e jantar

Suíte



domingo, 10 de julho de 2016

A dor e a delícia do porcelanato polido

Quando falei sobre a saga de escolher e comprar os pisos e revestimentos, comentei que havíamos pensado em instalar porcelanato acetinado e, em seguida, esmaltado. Acabamos indo para o já clássico porcelanato polido. Investimos em um bom produto: o Biancogres digital polido trento beige.

Trouxemos um pedaço dele para casa e o colocamos em algumas situações extremas!

Pingos de café puro e café com leite durante cerca de 5 horas

Óleo de milho durante algumas horinhas
Moral da história: o porcelanato sobreviveu aos dois testes.

No entanto, o maior pesadelo dos donos de casa que têm porcelanato polido são os arranhões. O nosso permaneceu praticamente intacto de grandes riscos - até semana passada, quando apareceram uns arranhões horríveis que deu vontade de chorar! Diante disso, resolvemos submeter nosso pedacinho de porcelanato à ação de chaves de fenda e tesouras. Mais uma vez, o Biancogres foi bem e praticamente não houve danos profundos. Só que lá no apê, conseguiram fazer um bem profundo e não sei como isso pôde acontecer. Provavelmente vamos pedir para trocar a peça danificada.

Atualmente, o que há em termos de soluções caseiras para tirar riscos não são muito confiáveis, mas um produto que a fabricante recomenda para retirar a cera protetiva do produto pode amenizar esses defeitos: saponáceo, tipo Cif. As micropartículas agem para realizar um leve polimento e deixam os arranhões menos aparentes. O único cuidado que se deve ter é não usar nada abrasivo para aplicar, como esponja de aço ou escova de cerdas duras. Fiz esse teste aqui com uma escovinha, fazendo movimentos circulares, e ficaram umas manchas que não saíram. Então, o ideal é usar uma esponjinha macia ou um paninho de algodão umedecido no produto e em água sem fazer muita força, para não tirar o brilho da peça.

Lá no apê, os arranhões mais feios que apareceram, por sorte, vão ficar debaixo e do lado da cama. Vamos aplicar o saponáceo para amenizá-los e depois conto aqui o resultado.

domingo, 3 de julho de 2016

Faça-se luz

Estamos praticamente na reta final da reforma e já listei as últimas coisas que precisam ser compradas para finalizar o serviço. Uma delas é a parte da iluminação, composta de luminárias e spots.

Eu sou da época em que a única preocupação na hora de comprar lâmpadas era a quantidade de Watts e se não iria gastar muita energia. Hoje em dia, no entanto, a tecnologia LED abriu as portas de um mundo de detalhes, como a temperatura da cor, a angulação etc. etc. etc.

Variedade, teu nome é lâmpada LED. Imagem do Portal Eletricista

Comecei a pesquisar sobre lâmpadas de LED quando decidimos colocar sancas de gesso com spots direcionáveis em alguns ambientes. Na sala, serão duas sancas: uma debaixo da parede com revestimento 3D fazendo o efeito wall washing e outra ao lado da mesa de jantar. onde o pessoal já começou a trabalhar.


Nas minhas andanças pelas lojas e pela internet, recebi diversas dicas. A primeira foi sobre o espaçamento entre uma lâmpada e outra, que deveria ficar entre 68 e 70 cm, de forma que o facho de uma encontrasse o da outra e tornasse a iluminação mais homogênea em determinado ponto da parede. Nessa parede de cima, por exemplo, serão necessários 4 spots.

Já noutra loja onde fui eu aprendi mais sobre os tipos de lâmpadas. Já havia lido blogs que falam sobre a lâmpada dicroica - e lá no apê havia uma no banheiro da suíte. Embora fizessem um efeito lindo, as bichas gastavam energia e ainda esquentavam muito. Mas aí veio o LED e absorveu a ideia, tornando a dicroica agora mais eficiente e com menos calor.

Modelo de 5W da Stellatech
Ela tem aquela corzinha amarelinha devido à intensidade da chamada temperatura da cor, medida em Kelvin. Até 3000 K, a luz tem um aspecto mais aconchegante, ideal para sala e quarto. Acima de 4000 K, ela já começa a ficar branca e chapada, mais bem-vinda em cozinhas e escritórios.

Estou planejando usá-las em todas as sancas, exceto no banheiro, onde devo optar por uma PAR20, que não promove tanta sombra como a dicroica.

Já a cozinha é um lugar à parte... Planejei fazer uma iluminação embaixo do móvel que ficará acima da pia, para dar melhor visibilidade aos trabalhos na bancada. Novamente, a tecnologia LED veio arrasando para facilitar esse tipo de projeto.

Vimos esse modelo super legal da Osram, que é uma régua que pode ser sobreposta nas superfícies e fixada com fita dupla-face.



Lá na Madeireira Itaipu, também há algumas opções da Base Home Solutions.


Optamos pela régua de 1 m de embutir, bem fininha e com acionamento por infravermelho. O pai já começou a elaborar a estrutura para acomodarmos ela no móvel da cozinha.

Detalhe da régua ao contrário, com o rasgo por onde o fio vai passar

Como ela vai ficar depois de instalada
Sensor infravermelho: é só passar a mão perto e a luz liga e desliga
Meu pai comenta que, no passado, quando precisava fazer esse tipo de iluminação, usava uma fluorescente tubular e era um trabalho medonho embutir a bicha nos móveis e esconder todos os fios! Essa régua da Base tem uma fonte 12 V que ficará ligada num plug que vamos embutir dentro do nicho do móvel em um fundo falso removível. Não vejo a hora de ver o projeto pronto!


Revestimento 3D na sala

O tal revestimento 3D está dominado várias paredes por aí, assumindo diferentes formas e usando diversos materiais. A primeira vez que o vi foi na reforma do apartamento da amiga Ana Graziela, em Brasília, e achei um barato. Na sala dela, ela usou um modelo cerâmico na parede onde foi instalada a TV. Achei mega charmoso e moderno.

Assentar um revestimendo 3D na sala do nosso apê foi a primeira decisão que tive no processo da reforma. Para tanto, pesquisei um bocado até chegar na escolha definitiva.

Nos home centers, há vários modelos de cerâmica muito bonitos, mas nenhum caiu nas minhas graças.

Geométrico AC, da Eliane
Isso porque eu queria um desenho geométrico maior e que promovesse mais sombra, pois vamos colocar spots direcionados para a parede que receberá o revestimento. Foi então que eu conheci o revestimento 3D cimentício.

Modelos do mostruário da Octo Brasil
Esse revestimento serve tanto para áreas internas como externas e pode receber acabamento, como uma pintura laqueada ou a tinta acrílica normal que a gente usa nas paredes de casa. Na internet, não encontrei muitos fornecedores em Fortaleza, mas os modelos, variados e lindos, deixam a gente na dúvida sobre qual escolher.

Como aqui em casa a obra passa por dois crivos (meu e do marido), a escolha não demorou muito: optamos pelo modelo Levanzo, produzido pela Octo Brasil.

Modelo Levanzo, geométrico como a gente queria!
Compra feita e o revestimento chegou todo embaladinho individualmente.


A Ana Paula, da Octo Brasil, deu várias dicas sobre o assentamento das peças. Entre elas, a de usar argamassa ACIII e junta entre 2 e 3mm. Por ser uma peça fabricada artesanalmente, cada revestimento tem diferenças nas bordas, que podem ser ajustadas no espaçamento durante o assentamento, como explicou a Ana Paula.

Essa semana, o seu Edmar, mestre de obras da nossa reforma, começou a aplicá-lo. O local é a parede onde vamos posicionar o rack com a TV. 


A brecha que ficou lá em cima é onde ficará a sanca com os spots com luz direcionada para a parede, fazendo o efeito de sombras, como na foto do site da fabricante. O acabamento ficará por conta de massa corrida e tinta acrílica branco neve. Até compramos um pequeno compressor (tipo aqueles do comercial da Polishop) para aplicar a tinta!

Além do cimentício, também há placas 3D feitas de poliestireno. Elas são mais leves e fáceis de aplicar, mas mais sensíveis a danos no caso de algum choque forte contra as placas - depende do ambiente e do uso que será dado ao espaço onde os painéis serão instalados. Existem ainda as opções feitas de gesso, mas não sei como são instaladas. Por acaso, o pessoal que está colocando as sancas lá no apê trabalham com esse material. Vou perguntar como é a instalação e conto aqui!

segunda-feira, 27 de junho de 2016

A escolha dos granitos

Na hora de sonhar, vale tudo, né? E eu admito que sonhei em colocar silestone na cozinha e no banheiro... Mas quem não acorda diante da dura realidade do preço (alto) das coisas?! É lindo, é resistente, tem uma variedade imensa de cores, mas decidimos ficar com o bom e fiel granito.

Originalmente, as pias do apê eram de granito, mas elas já estavam com manchas escurecidas devido ao tempo de uso e também não gostava muito da cor.


Mesmo com a desistência da ideia (ainda distante) do silestone, não foi fácil optar por um granito, pois a variedade de cores é grande e cada cor enseja uma ideia diferente.


De início, queria usar um padrão diferente no banheiro e, na loja onde fizemos o primeiro orçamento, achei essa pedra muito bonita, chamada Juparaná Gold:


Também passeamos pela ideia de usar granito branco, mas teríamos de impermeabilizá-la para evitar manchas, devido à porosidade da pedra, que absorve qualquer coisa se você não limpar rápido. No blog Dicas do Novo Apê tem um relato bem detalhado sobre o lindo e ingrato branco Itaúnas (imagine uma mancha de ketchup nela. Só em pensar já dá dó!).

Maaaaasss, fiquei com aquela pulguinha atrás da orelha se não ia baldear demais (e, ao fim e ao cabo, depois que vi projetos com essa pedra Juparaná Gold, achei brega). Então, como o tempo "muge", decidimos pelo prático e imponente preto São Gabriel (também chamado de São Marcos).

Projeto da empresa catarinense Pedra Forte

Até a cuba de apoio é igual a que a gente quer comprar!
Projeto de outra marmoraria catarinense, a Dalsasso


Atualizando!

Recebemos nosso granitos na semana passada. Tirei essa fotinha rápida, não dá pra ver muitos detalhes.


Marido não gostou muito do acabamento das emendas e do polimento final, mas agora tá na casa dos sem jeito. Por ser preto, acredito que não sejam detalhes assim tão aparentes. Veremos na hora da instalação e conto aqui!

Andamento da obra do apê

Pouco mais de uma semana se passou e o quebra-quebra mais pesado acabou. Bancada e paredinha da cozinha foram abaixo e já percebemos uma diferença no espaço (minha intenção não foi rimar, eu juro rsrs).


Essa foto é de quando ainda havia o revestimento antigo. Mas eis que esse já foi removido e o novo começou a ser assentado!


Ao mesmo tempo, começou o assentamento do porcelanato também!


Na parte dos móveis, o material chegou na semana passada.


Esta semana, estamos escolhendo o rodapé. Até agora, tudo indica que vamos comprar o de 7 cm da Santa Luzia, feito em poliestireno. Já vem pronto, o formato é lindo e não dá trabalho de instalar.


A gente ainda está na dúvida se a largura dele vai coincidir com a largura dos alisários das portas (sempre tem alguma coisa que depende de outra e a gente tem que dar uma pausa para checar tudo antes da decisão final...), pois não estamos muito a fim ($$$) de trocar os alisários existentes por causa dos novos rodapés. Acredito que até amanhã a gente decide isso.

Bom, o importante é que pouco a pouco o sonho do apartamento vai desencantando e virando realidade!

domingo, 19 de junho de 2016

Móveis: o vestuário da casa

Pisos e revestimentos superados, a hora agora é de definir como vamos "vestir" nosso paraíso.

Para criar a cozinha, minha referência foi esse projeto aqui:

Imagem do site Vai Com Tudo, que tem outros modelos para cozinhas pequenas

Fomos na sexta-feira na Madeireira Itaipu já com a lista do material que será necessário para a empreitada.

Lembram da dica de que muitos detalhes podem nos fazer enjoar? Pois é, eu não segui totalmente hihihi... O branco vai dominar e também haverá o preto, que vamos usar nas bancadas da cozinha e da mini ilha, que vai substituir a bancada americana (granito preto São Gabriel, provavelmente). No entanto, havia algum tempo tinha visto um tom de carvalho que achei que iria muito bem com o branco e sem "cansar".

 Carvalho berlin, da Duratex, bem clarinho e longe do tom amarelo, que não gosto muito

Branco diamante, sempre up to date

O carvalho berlin será a estampa do nicho para colocar as coisas que usamos mais, como café, azeite, temperos etc., a exemplo do projeto que foi minha referência (reparem que lá o padrão escolhido foi um tom de tabaco, mais escuro). A parte de cima será com portas de vidro branco jateado e moldura de alumínio, com puxadores lineares no padrão prata fosco.


Outra ideia que queremos implementar é a de criar uma iluminação sobre a pia, partindo do fundo dos móveis. Pensei em colocar spots, mas o marceneiro me apresentou essa reguinha de luz que achei bacana:

O modelo que meu pai sugeriu foi esse de baixo. O de cima é o cabide de colocar cruzetas!

Sobre o armário do quarto, desenhei conforme nosso espaço, que é um pouco pequeno, mas será com portas de correr e meu pai sugeriu usar nelas o carvalho berlin. Acho que vai ficar legal. Esqueci de tirar fotos dos desenhos para mostrar aqui, mas ao longo da semana essa parte dos móveis terá outros capítulos e, então, mostro aqui os detalhes dos meus rabiscos!

Atualizando!
Eis as fotos dos desenhos que embasam os móveis. Quando desenhei este da cozinha, ainda não tinha as medidas do espaço, de forma que as peças de cima não vão coincidir com as de baixo (cada módulo desses de cima ficará com cerca de 80 cm, enquanto o nicho do microondas terá 55 cm)


Essa é a bancada tipo ilha, que terá rodízios de silicone de 7 cm de altura e tampo de granito:

Essa parte aberta maior será para dentro da cozinha. 
O que ficará à vista para as salas é essa parte lateral, com prateleira

O armário do quarto também vai sofrer mudanças devido às medidas reais do espaço. É possível que fique mais baixo e só caiba uma dessas prateleiras de cima, para colocar roupas de cama. Em cima das gavetas do lado direito, vamos colocar umas três gavetinhas de camisetas (marido tem pouca coisa de por em cabides, daí aproveitamos melhor o espaço).